12 de ago. de 2012

Passeio
Sai pra rua, apenas eu e meus sentimentos, conversamos muito sério. Falei sobre como eu era e ele me disse o que achava. No meio disso, me dei conta que nós dois não concordávamos em nada, eis que vimos algo, algo que me lembrou da época que nós dois eramos super sinceros um com o outro. Eu avistei eu mesma, só que menor, bem menor, rindo na janela da antiga casa, rindo de olhar pro céu, rindo de ser feliz. Nos demos conta então que só eu posso fazê-lo feliz e vice-versa. Concordamos em guardar em um baú tudo aquilo que nos faz sentir inseguros, tristes, magoados, enfurecidos, deixamos apenas as coisas boas e no meio disso tudo quando fui procurar você depois que fechei o baú - isso mesmo, você ai de azul - não encontrei. Por alguns momentos pensei em abrir o baú pra ver se você estava lá dentro, mas não tive coragem de admitir que você estava misturado no meio dessas coisas ruins, então, criei uma nova categoria ” não por agora, talvez mais tarde ” e ai que você está. Não me fará bem por agora te levar junto comigo, mas você está bem guardado, não se preocupe. Está guardado como o instante em que te conheci, está guardado como um sorrido inocente da criança que olha pro céu. Não direi que posso me recuperar tão rápido do tombo, mas sei que com vários passeios, conversando com os meus sentimentos e indo em busca da minha felicidade, eu irei me curar, eu irei novamente rir de ser feliz. Adeus, talvez até mais tarde.

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